11 de agosto de 2016

Torcedores enfrentam longas filas na Arena Fonte Nova para assistir ao jogo do Brasil

Texto e Fotos: Filipe Alcantara na cobertura das Olimpíadas 2016

Dentro de campo, a seleção brasileira de futebol masculino fez o que ainda não tinha feito nestes Jogos Olímpicos. Após dois empates de zero a zero em Brasília, que rendeu vaias da torcida ao fim das partidas, o time brasileiro jogou ontem à noite em uma Arena Fonte Nova lotada e goleou a Dinamarca por quatro a zero, gols de Gabriel (duas vezes), Gabriel Jesus e Luan. Porém, fora de campo, os mais de 45 mil torcedores que foram ao jogo enfrentaram longas filas. Foi difícil chegar e sair do estádio, comprar bebidas e comida e até ir ao banheiro.

A partida do Brasil começou pontualmente às 22 horas, mas às 19h já tinha bola rolando no gramado baiano. Japão e Suécia duelaram para um público pequeno na Fonte Nova. A arena só lotou minutos antes do início do jogo principal. Por causa disso, os torcedores tiveram que ter paciência para se acomodarem nos assentos marcados em seus ingressos, algo incomum para eles, acostumados com os jogos do Bahia e do Vitória, onde cada torcedor senta na cadeira vazia que ele achar melhor, sem escolha dos assentos.

Engarrafamento no Acesso Norte, próximo ao shopping Bela Vista
A organização das Olimpíadas recomendou que os torcedores usassem o metrô para se deslocarem ao local do jogo. Pelo engarrafamento que tomou conta do Acesso Norte em direção ao shopping Bela Vista no início da noite, parece que a recomendação foi atendida. O estacionamento do shopping ficou abarrotado, mesmo sendo cobrado.

Na bilheteria do metrô, outra multidão se espremia nas filas para comprar a passagem. Quem já tinha o cartão de acesso, passava pelas catracas sem problemas, mas a grande maioria teve que adquirir o bilhete na hora, o que atrasou a chegada ao estádio. No terminal de embarque dos trens, enfim, os torcedores não passaram por aperto. A espera pelo metrô não passava de 5 minutos, o suficiente para atender o grande número de usuários.
Bilheteria da estação Acesso Norte do metrô com muitas filas
Perto do estádio, novas filas testavam a paciência da torcida. Portais de revista da Polícia Militar travavam o fluxo. Os policiais averiguavam as bolsas e mochilas dos espectadores, além de usarem detectores de metais, e só deixavam passar quem estivesse com o ingresso em mãos, o que fez com que a ladeira da Fonte das Pedras virasse outro ponto de aglomeração de pessoas. Nos portões de entrada da Fonte Nova, outras fileiras foram formadas, desta vez para leitura dos códigos dos ingressos, evitando a que portadores de entradas falsas adentrassem na Fonte Nova.

Lá dentro, adivinhem? Mais filas. Os banheiros estavam lotados e os quiosques de venda de alimentos e bebidas, mesmo cobrando preços acima do normal (lata de cerveja a R$ 13, garrafa d’água a R$ 8, por exemplo), também não foram suficientes para atender a alta demanda de torcedores, que precisavam esperar em torno de 30 minutos até serem atendidos no caixa. A estratégia utilizada por alguns deles para escapar da espera foi aguardar a partida começar, quando a maioria dos presentes estava em seus lugares para ver o jogo. Mesmo perdendo minutos do espetáculo, o atendimento realmente foi mais tranquilo.

Mais de 45 mil torcedores lotaram a Fonte Nova para ver a primeira vitória da seleção brasileira nesses Jogos
Se dentro de campo a seleção correspondeu com uma ótima exibição, os serviços prestados pela organização do jogo ficaram muito aquém. Salvador ainda receberá mais dois jogos nesta Olimpíada, amanhã e no sábado, às 16 horas. Dificilmente o público vai ser tão grande quanto o de ontem à noite, mas é bom que os espectadores cheguem cedo à Fonte Nova. Fica a dica.

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